quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

terça-feira, 30 de junho de 2009

Por Mario Quintana


Amor é síntese


Por favor não me analise
Não fique procurando cada ponto fraco meu
Se ninguém resiste a uma análise profunda
Quanto mais eu
Ciumento, exigente, inseguro, carente
Todo cheio de marcas que a vida deixou
Vejo em cada grito de exigência
Um pedido de carência, um pedido de amor
Amor é síntese
É uma integração de dados
Não há que tirar nem pôr
Não me corte em fatias
Ninguém consegue abraçar um pedaço
Me envolva todo em seus braços
E eu serei perfeito amor.


Mário Quintana

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Impressões...

Um poema - Impressões

Comala
Terra que se esvazia.
Se esvazia em gentes.
Se esvazia em vidas.
Terra que se enche.
Se enche de pó,de tristeza,de solidão.
E no contraste ao pó: chuva.
Chuva, chuva e mais chuva.
A terra chora.
O céu chora.
As personagens choram.
Tanta frustração, desilusão,desesperança...
Tanta miséria, carência.
Carência de vida.Carência de amor.
Fome. Fome.
Fome de roer estômagos,
Fome de viver.
Fome de esperança.”

William Mendes

sexta-feira, 29 de maio de 2009

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Amor meu...


Amor, quantos caminhos até chegar a um beijo,
que solidão errante até tua companhia!
Seguem os trens sozinhos rodando com a chuva.
Em taltal não amanhece ainda a primavera.
Mas tu e eu, amor meu, estamos juntos,
juntos desde a roupa às raízes,
juntos de outono, de água, de quadris,
até ser só tu, só eu juntos.
Pensar que custou tantas pedras que leva o rio,
a desembocadura da água de Boroa,
pensar que separados por trens e nações
tu e eu tínhamos que simplesmente amar-nos com todos confundidos, com homens e mulheres, com a terra que implanta e educa cravos.

Autor : Pablo Neruda

Todos os dias...